Redação Dissertativa - DESEMPENHO PREOCUPANTE - aprendizagem, educação, avalição de desempenho escolar, leitura, escrita, ensino fundamental.


Redação dissertativa para concurso público, vestibular, prova do Enem.
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DESEMPENHO PREOCUPANTE

(Fonte: Zero Hora)



Ainda que apresentem desempenho superior à média nacional em escrita, matemática e leitura, estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental do Rio Grande do Sul encontram-se muito abaixo do que seria de se esperar nesse estágio da aprendizagem. Segundo a Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização, conhecida como Prova ABC, uma realização do movimento Todos Pela Educação, os alunos gaúchos encontram-se em oitavo lugar em nível nacional em escrita, em sexto em matemática e em quinto em leitura. Ainda conforme o levantamento, em nosso Estado apenas 35,2% dessas crianças escrevem adequadamente, conseguem resolver problemas envolvendo troca de moedas ou leitura de horas em relógios digitais ou ler de acordo com o que se espera em sua idade.
Um dos Objetivos do Milênio é o de que, até 2015, todas as crianças de ambos os sexos tenham recebido educação de qualidade e concluído o ensino básico. Já o movimento Todos pela Educação estabeleceu como diretriz até 2022 que todas as crianças sejam alfabetizadas plenamente até os oito anos ou até o 3º ano do Ensino Fundamental. Conforme os dois sistemas de objetivos, o Rio Grande do Sul está atrasado: apenas 69,6% dos alunos concluíram o 3º ano do Ensino Fundamental até os oito anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011. Essa performance coloca os gaúchos em sexto lugar em nível nacional e em último lugar entre os três Estados da Região Sul.
A ênfase na educação básica é recomendada por todas as organizações dedicadas a desenvolvimento humano, a começar pelas próprias Nações Unidas. Atualmente, é uma necessidade imposta pela própria transformação produtiva em curso no mundo. Não é possível imaginar que nosso país possa se firmar como nação desenvolvida se não superar as históricas limitações em matéria de educação, garantindo a milhões de brasileiros um lugar ao sol no século 21.
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Redação Dissertativa - POR LIVRE E ESPONTÂNEA PRESSÃO - indignação popular, educação pública, educação básica, saúde, Copa do Mundo, distribuição de recursos, manifestação popular.


Redação dissertativa para concurso público, vestibular, prova do Enem.
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POR LIVRE E ESPONTÂNEA PRESSÃO



(Fonte: Zero Hora)



     Depois de testemunharem nos últimos 18 dias cenas de indignação popular raras vezes ocorridas na longa e conturbada história do país, os brasileiros assistem ao que parecia pertencer ao reino da fantasia: numa jornada laboral que se iniciou na tarde de terça-feira e só terminou na madrugada de ontem, os deputados federais rejeitaram a proposta de emenda constitucional que limitava o poder de investigação do Ministério Público, a chamada PEC nº 37. Também aprovaram a destinação de 75% dos royalties de petróleo à educação pública, com prioridade para a educação básica, e à saúde, e a destinação de R$ 3,9 bilhões para atender atingidos pela seca. Como se não bastasse, rejeitaram a destinação de R$ 43 milhões ao Ministério das Comunicações para contratação de serviços durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014. Finalmente, aprovaram novas regras para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados, evitando perdas na distribuição de recursos.
     O projeto do Regime Especial do Transporte Coletivo tramitava havia 10 anos no Congresso. Em apenas dois dias, foi aprovado em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e pelo plenário da Câmara. Qualquer cidadão, ainda que a bordo de sapatos que jamais tenham tocado os carpetes do Congresso, é capaz de entender que essa atividade frenética é resultante da pressão das ruas.
     Têm razão os que afirmam que os parlamentares atendem ao clamor da mobilização popular. E ainda mais razão os que lembram que, nessa relação de causa e efeito, a iniciativa coube ao povo, cansado da acomodação e da inoperância de seus representantes. Muito se tem falado a respeito da imaturidade política do brasileiro, do qual já se disse até mesmo que não sabia votar. É hora de afirmar que as manifestações de milhões de homens e mulheres, crianças e idosos, de todos os segmentos da sociedade, nos últimos dias, exibiram uma visão que se pode definir como sofisticada se comparada à de nossa elite política reunida no Congresso. Foram eles, os que foram à rua, os agentes da verdadeira transfiguração no comportamento dos parlamentares. Que isso sirva de alerta a personagens como o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), um dos patrocinadores do despropositado projeto da "cura gay", também repudiado nos protestos. Não há sentido em que, diante de tanta rejeição, ele continue aferrado à presidência da Comissão de Direitos Humanos.
     Àqueles que procuram proteger o Congresso da justa crítica emanada de todos os recantos do país, é oportuno citar o parágrafo único do primeiro artigo da Carta Magna: "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Que os brasileiros não descuidem, portanto, de exercer o poder nas distintas formas previstas na Constituição e não se furtem a fiscalizar e pressionar seus representantes quando necessário, como vêm fazendo nos últimos dias.

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